Reconstruir o olhar…

Quando pensamos na construção das nossas opiniões, precisamos levar em conta nossa trajetória de vida, de como nossas crenças, conteúdos recebidos na escola, tudo o que absorvemos no seio familiar, e principalmente nos veículos de comunicação influenciam nossa forma de ver o mundo.

Vamos simplificar, aprendemos que o Brasil foi uma colônia de Portugal, e junto com essa colonização chegaram todos os hábitos e processos de aculturação vindos da Europa. Era comum em guerras absorver a cultura do vitorioso, podemos ver como os Romanos, disseminaram o cristianismo em boa parte do mundo. Desta forma, a cultura local era diminuída e naturalmente a elite brasileira, em nosso caso, passou a valorizar tudo o que era externo (entenda-se vindos da Europa).

imagem retirada do google

Mas não foi somente o Brasil que sofreu com Eurocentrismo, toda a história da humanidade atualmente é contada do ponto de vista europeu. Porém a reflexão que quero trazer aqui é, e a perspectiva dos outros povos? Dos Índios que já habitavam o Brasil, por exemplo? Da África não escravizada?

Assim como a História, tudo que é referência positiva vem da Europa, falando de moda, os grandes desfiles, as tendências e o street style, recebe influencias vindas de lá.

Mas como reconstruir este olhar?

Segundo o psicólogo israelense Daniel Kahneman, nosso cérebro tem dois tipos de pensamento o primeiro é rápido e intuitivo que confia nas experiências, na memória e nos sentimentos para tomar decisões, naquilo que já temos como opinião formada e estabelecida, o segundo é lento e analítico, serve como um guardião do primeiro.

Mas o primeiro facilita nossa vida por exemplo, se precisamos pedir o almoço ele restringe nossa memória em apenas dois itens, caso contrário, dentre todas as opções que um menu do i-food nos propõe, passaríamos a tarde toda tentando escolher e, ainda assim não chegaríamos a conclusão alguma ou seja, é um mecanismo de defesa para não morrermos de fome.

Porém por costume sempre acabamos usando este primeiro pensamento, e neste artigo quero convidar você, a trazer o segundo pensamento a mente, analítico, para a forma como vê o mundo, isto será um treinamento interessante para descolonizar o olhar e enxergar as coisas de diversos pontos de vista, por exemplo, por que acho determinada coisa feia? Afinal o que é feio? Sob qual ponto de vista estou levando em consideração?

Complexo né? Mas necessário. Me conta o que achou?

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