Blogueira é encontrada em sua casa, fazendo outros divertidos afazeres, após excluir o App do Instagram….

Sim galera, eu fiz um experimento, na verdade, uma tentativa de me ajudar!

Há mais ou menos um mês, o App do Instagram estava dando muitos bugs no meu celular e eu percebi o quanto tempo ficava nesta rede, percebi também, que antes de abrir o App, eu estava com um humor e enquanto ia passando o scroll na tela ou pulando os stories, meus sentimentos iam mudando, passando desde insegurança com meu status social até comparações estéticas carregadas de ansiedade.

Também pairava uma sensação, de que eu estava perdendo algo, o tal do FOMO (Fear of missing out), em tradução livre, medo de perder alguma coisa, de ficar de fora de alguma trend, medo de estar perdendo alguma atividade importante. Mas eu comecei a me questionar… importante para quem?

Quem é este algoritmo que queremos tanto impressionar? Viramos vilões e vítimas dos nossos desejos, ao mesmo tempo que idolatramos pessoas estúpidas, estamos nos tornando iguais a elas.

Quando eu assisti a série “The assassination of Gianni Versace”, que aborda a morte do estilista que dá nome a marca, eu observei a obsessão das pessoas na década de 90, para serem famosas, o assassino do Gianni, era um fã dele, que gostaria de ter todo o prestígio, dinheiro e fama que ele tinha. Todo o cenário criado na cabeça dele, fazia total sentido para manter seu status quo, apesar dele não passar de um garoto de programa de luxo, cheio de problemas em sua mente.

Atualmente, estamos atravessando pelo mesmo surto coletivo, mas agora, não são as revistas e televisores, que influenciam nossa forma de viver, mas sim, nosso “Metaverso”, nossa second life online, AS REDES SOCIAIS, lá eu sou uma pessoa feliz sem problemas, em um mundo lindo, quase a Pasárgada de Manuel Bandeira, só que lá, eu tenho que ser a mulher que “eles” querem.

— Lá sou amigo do rei —“ Lá, no gram gram, sou “amiga” da Influencer, apesar do coração estar inundado de tristeza, ainda sou “amiga” da mother Fu*&% Digital Influencer!

E para encerrar essa prosa, deixo aqui, a dica de um documentário muito incrível chamado “Fake famous” que mostra a tentativa de tornar três pessoas anônimas famosas nas redes, com muitos truques fakes, de estilos de vidas não existentes, montados com uma casa alugada, roupas de marcas emprestada, fotografias bem editadas e muitos, mas muitos bots de seguidores, comentários e engajamentos.

Eu sei que este blog é de moda, mas não tem como falar de moda sem falar de comportamento da sociedade até porque, eu não aguento mais unboxings de marcas de luxo, que nunca terei acesso, e na boa, não quero mesmo ter!

Meus caros e caras, não serei audiência para solidão!